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Pedro Schmaus

Danone, Consul e Fiat Lux

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DANONE – Espanha. Alimentos. 1919.

Existem casais que não querem ter filhos. Até já criaram uma expressão para designá-los: casais dink (double income, no kids). Essas pessoas apresentam vários argumentos para a sua escolha. O principal deles é o custo para criar um filho atualmente. Há também a idéia de que o nascimento do rebento interfere na danonerelação do casal. Se antes eles viviam um para o outro, depois das crianças o tempo fica curto e o amor fica mais direcionado aos pimpolhos. Então basicamente o cenário com filhos seria algo como “agora temos menos dinheiro e menos tempo um para o outro”.

Terão os dink’s razão? Vendo pelo lado deles, realmente ter filhos é uma experiência arriscada, uma vez que não tem volta. Obviamente, se você não gostar das crianças, não poderá devolvê-las. Por isso é uma decisão tão importante. No entanto, apesar disso, eu já vi e você já deve ter visto também um monte de gente procriando só porque acha os bebês muito fofos e deseja ter um para si.

De qualquer forma, independente das opiniões, posso dizer que o médico Isaac Carasso e sua esposa não formavam um casal dink. Ao contrário, Carasso era daqueles pais bem babões e cuidadosos.

Jeep, Faber-Castell e 51

JEEP – Estados Unidos. Automóveis. 1940.

jeep_logoBoa parte das pessoas já teve o desejo de pegar um carro e sair pelo mundo sem destino certo. Hollywood alimenta bastante esse clichê. Quando alguém quer mudar de vida, pega o carro e sai viajando pelo país, no melhor estilo Thelma e Louise. Eu confesso que também tenho esse desejo: sem data para voltar, bastante grana no banco e um roteiro bem abrangente e flexível. Para completar, um carro grande, confortável e resistente, daqueles que encaram asfalto e terra numa boa. O mercado de automóveis oferece diversas opções, mas certamente eu cogitaria escolher um Jeep. Isso se eu tivesse grana, é claro. 

Brastemp, Post-it e Dom Perignon

BRASTEMP – Brasil. Eletrodomésticos. 1954.

Desde o início da civilização seres humanos tentam influenciar outros seres humanos a adotarem determinado tipo de comportamento ou idéia. Discutindo o atual contexto histórico (capitalismo), essa influência se dá principalmente por meio dos conceitos disseminados pelos meios de comunicação de massa.

De todas as técnicas usadas pela mídia para exercer influência, a mais direta e flagrante é a propaganda. Nela não há sutileza: quem assiste sabe que está tentando ser convencido de algo, mesmo que para isso tenha que acreditar em algumas coisas que são claramente meias verdades.

A Brastemp é um bom exemplo para entendermos como a propaganda manipula o real, criando conceitos e transformando o modo das pessoas perceberem uma marca.

Coca-Cola, Epson e Revlon

Antes de começar…

O Dicionário das Marcas volta à internet hoje. Mas que diabos é Dicionário das Marcas? Era novembro de 2005 quando ele surgiu, num dia em que eu pensei: poxa, todo mundo é capaz de lembrar dos nomes de milhares de marcas, mas ninguém sabe o que esses nomes significam. A partir daí comecei um blog no qual os textos falavam sobre a origem desses nomes, uma pesquisa realmente etimológica, na qual eu queria encontrar a raíz do nome da marca. Não é que o pessoal gostou? Eu até posso dizer que fiz sucesso na época. 

Porém, envolvido em outros projetos, eu acabei parando de escrever o DM. No entanto, hoje eu ganho a oportunidade de voltar com a ajuda dos autores do excepcional blog Sedentário & Hiperativo. Eles gentilmente me cederam uma coluna e também uma segunda chance de mostrar os resultados das minhas pesquisas sobre marcas.

Sem mais delongas, eu começo hoje com a mestre das mestres, a Coca-Cola. Falo também da Epson e da Revlon. Faça bom proveito!

Coca-Cola. EUA. Refrigerante. 1886.

Nem Jesus, nem Buda, nem Maomé. Os religiosos mais ferrenhos podem ficar ofendidos, mas não mudarão a verdade. Se fosse uma religião, a Coca-Cola seria a maior de todas. As pessoas que vivem hoje inevitavelmente são ou serão batizadas por pelo menos um gole da bebida. Tanto que o nome da marca já foi pronunciado em todas as línguas do planeta.

O termo foi criado por Frank Robinson, contador e amigo de John Pemberton, esse último o inventor do refrigerante. Pemberton era farmacêutico, portanto sua intenção não era criar um refrigerante, mas sim uma espécie de tônico para combater a dor de cabeça. Sendo assim, é bem provável, mas não confirmado, que a primeira fórmula da bebida levasse folhas de coca em sua composição, além de noz de cola e caramelo. Por isso Robinson teria escolhido o nome Coca-Cola, composto pelas duas principais matérias-primas do refrigerante.

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