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Dúvida Razoável

Enxergando o Antropoceno: o impacto planetário da atividade humana

Oficialmente, o Antropoceno ainda não existe. Mas se torna cada vez maior o reconhecimento de que a atividade humana alcançou tal ponto que entramos em nova era geológica, onde nossas ações coletivas afetam todo o sistema planetário em uma escala sem precedentes. Minúsculos seres humanos, que colocados lado a lado caberiam todos em um estado brasileiro, espalhados por todo o globo, com suas muitas máquinas, dominam hoje os rumos do clima, da biodiversidade e dos recursos limitados da terceira grande rocha do sistema solar.

No vídeo acima vemos as luzes das cidades, bem como a infra-estrutura de energia e transportes desses pequenos humanos avançando por todos os cantos da Terra. E esta não é apenas uma representação virtual, a centenas de quilômetros no espaço, as luzes podem ser vistas muito bem a olho nu.

O termo Antropoceno foi cunhado pelo prêmio Nobel Paul J. Crutzen, um dos descobridores do buraco na camada de ozônio, e reconhecer nosso papel determinante no presente e futuro da Terra deveria ser uma consequência natural de adotá-lo. “O planeta é nosso lar, nosso passado, nosso presente, nosso futuro“.

Confira mais, em inglês, na fonte: Globaia.

Ilusão Ótica: Jesus? Não, Axé!

Lembra daquela mancha que você devia observar por 20 segundos e depois olhar para uma parede branca ou o céu para ver Jesus?

Pois fixe por 20 segundos no nariz vermelho e depois olhe para uma parede ou papel branco para… Poeiraaaa

E a ciência por trás disso? Bem, por muito tempo se presumiu que o efeito seria apenas causado pela retina, em algo similar a um monitor de tubo ou plasma ficando “queimado” com uma mesma imagem. Uma nova pesquisa, contudo, evidencia algo ainda mais fascinante: o efeito se daria no cérebro, não na retina. Estamos pouco a pouco, e com ciência de verdade, fazendo uma engenharia reversa dos mecanismos básicos de nosso próprio cérebro.

Astróloga exige R$360 mil de Indenização de Universidade Pública

A astróloga Zelia Guichard exige valores astronômicos — ou astrológicos — pelo sofrimento por que passou. Tudo isso porque sua empresa enviou emails de propaganda ao professor da UFRGS Tarso Kist, no que Kist respondeu, com cópia ao colega Renato Zamora Flores, de forma sucinta:

Prezados Charlatões, Por favor, parem de enviar este lixo para o meu endereço. Tarso Kist

A troca de emails que se seguiu teria provocado “muito sofrimento” a Guichard, que move ação correndo na 9 Vara Cível de Porto Alegre no valor de R$360.000. Além dos réus, Kist e Zamora Flores, Guichard também busca responsabilizar a própria Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Desimporta se a Universidade agiu ou não com culpa. (…) [A UFRGS] responde civilmente pelos atos de seus funcionários”.

Se você não acredita em coincidências, deve imaginar que o valor da ação faz referência aos 360 graus de um mapa astral. Mas multiplicado por mil, e incluindo uma universidade federal para, caso os professores não possam arcar com os custos, sejamos todos nós a pagar pelo terrível sofrimento desta astróloga disposta a fazer propagandas via email, mas muito pouco disposta a receber respostas às mensagens que enviou.

Por cautela, os comentários a este post foram fechados, e eu, Kentaro Mori, assumo única e exclusivamente responsabilidade pelo texto publicado aqui. Você pode se informar melhor e manifestar seu apoio aos professores através do link no Bule Voador.

A vida de uma artista há 13.000 anos

Nas cavernas de Rouffignac na França, estendendo-se por quilômetros podemos encontrar arte nas paredes criada na Idade da Pedra, há mais de uma dezena de milhar de anos. São pinturas retratando animais do paleolítico como mamutes e bisões, bem como uma profusão de marcas mais abstratas, deixadas pelos rastros de dedos em superfícies macias.

Aqui está o fascinante: medindo o tamanho dos traços bem como os pontos onde começaram a criar marcas, em uma espécie de CSI mais conhecido como arqueologia, cientistas demonstraram que podem identificar a idade e mesmo o sexo dos artistas! Foi assim que descobriram que uma das mais prolíficas artistas de Rouffignac foi uma garotinha de aproximadamente cinco anos de idade.

As marcas se estendem por cavernas nas profundezas do complexo subterrâneo, e muitas delas estão a uma altura que as crianças — a garotinha não estava só — só poderiam ter alcançado se fossem levantadas por um adulto.

E é assim que sabemos que em algum momento há 13.000 anos, em uma caverna na França, uma pequena garotinha de cinco anos criou arte, segurada por um adulto, em uma cena imortalizada nas profundezas da Terra. Nossas lendas mais antigas não duraram tanto, mas a imagem que você vê são os dedos daquela menina atravessando o tempo. [via Fogonazos]

Já chegou o Disco Voador? Podcast Visão Histórica!

Viaje pela abordagem histórica indo da ficção sobre extraterrestres aos supostos contatos reais com estes seres coincidentemente humanóides, com a participação deste que escreve aqui e também do amigo e historiador Rodolpho Gauthier, que desenvolveu sua tese sobre os primórdios dos discos voadores na mídia brasileira:

Visão Histórica 25Já chegou o disco voador?

Mola Maluca anula a gravidade?

Lembra das “molas malucas” que desciam escadas sozinhas? Pois o físico Rod Cross demonstra algo um tanto mais bacana que elas podem fazer.

Se você segurar o topo de uma mola maluca, deixando que ela se estenda, e então soltá-la, o que acontece? Ela cai, certo? Certo.

Mas preste atenção na parte inferior da mola, que no vídeo acima ainda segura uma bola de tênis.

Como o Coiote até perceber que já passou pelo precipício, a bola fica estática no ar! A gravidade deixou de agir sobre ela? A explicação, na continuação.