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Dicionário das Marcas

Omega Speedmaster, o legendário Moonwatch

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Olá pessoal!

Para celebrar os 40 anos da primeira visita dos seres humanos à Lua, no próximo dia 20 de julho, eu falo hoje da Omega, a marca do único relógio a ter sido usado por alguém em outro corpo celeste além da Terra. E antes que alguém me lembre que essa viagem foi na verdade uma “grande mentira”, eu peço que os desconfiados assistam o episódio dos Caçadores de Mitos no qual eles derrubam cada um dos “fatos” que baseiam a tal “teoria” mirabolante (veja aqui). UPDATE: saiu também um bom texto no G1 hoje criticando a mesma teoria mirabolante. Veja aqui.

Aproveitem!

Eduardo Nicholas

OMEGA – Suíça. Relógios. 1848.

omegaA Nasa precisava de um relógio para ser usado por seus astronautas durante suas missões no espaço. Os requisitos não eram poucos ou simples. O relógio deveria funcionar na gravidade zero e em meio a campos magnéticos fortes. Deveria agüentar pancadas, vibrações de todo tipo e temperaturas que poderiam variar de -18 a 93 graus Celsius.

Várias marcas apresentaram seus produtos, mas só uma passou em todos os testes. A história dela começa em 1848 quando o jovem empresário Louis Brandt abre uma pequena fábrica de relógios em sua cidade natal na Suíça. Comprando as peças de fornecedores e montando os produtos, Brandt construiu um negócio pequeno e local, mas que lhe deu condições de dar segurança financeira à família.

Em 1879 ele morre e seus dois filhos assumem a fábrica, porém com uma nova mentalidade. Louis-Paul e César sabiam tudo sobre a produção de relógios, pois passaram a vida inteira aprendendo com o pai. No entanto, eles não se sentiam satisfeitos com a qualidade das peças de seus fornecedores e decidiram começar a projetar cada uma delas. O controle total da produção lhes deu a oportunidade de criar relógios que mais tarde levariam o conceito de qualidade ao extremo.

Vick Vaporub e Motown

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Olá pessoal!

Posso dizer que as duas marcas de hoje estão bastante contextualizadas. A primeira é a Vick VapoRub, uma homenagem à gripe que me derrubou esse fim de semana (espero que não seja H1N1!). A outra é a da gravadora Motown, a qual descobriu e lançou a banda Jackson 5, aquela que tinha como principal vocalista o tal Michael Jackson, enterrado hoje depois de um funeral show.

Aproveitem!

Eduardo Nicholas

VICK VAPORUB – Estados Unidos. Ungüento. 1912.

vickNão é de hoje que a desgraça de uns torna-se a fortuna de outros. Veja o caso do farmacêutico Lunsford Richardson e de seu cunhado, o Doutor Joshua Vick. Em 1890 os dois começaram um negócio próprio, uma pequena fábrica de ungüentos que prometiam combater os sintomas de pneumonias e resfriados, em especial a congestão nasal. Nessa época o Dr. Vick já era bem conhecido no estado da Carolina do Norte em virtude de seu grande conhecimento médico.

Seu cunhado sabia disso e sua idéia era exatamente associar a fama do Dr. Vick aos produtos que seriam vendidos por sua marca. Assim surgiu o Vick’s Family Remedies, um empreendimento familiar dos mais modestos. No entanto, se Joshua era bom médico, Lunsford não ficava atrás como farmacêutico. Os primeiros produtos desenvolvidos por ele realmente eram eficazes, fato que cativou muitos consumidores da região.

A empresa era próspera, porém ainda não tinha fama. Isso começou a mudar em 1905 com a chegada de um novo produto, resultado dos anos de experiência na área. Ele se chamava Vick’s Magic Croup Save, usado para curar dores de garganta e obstrução nasal. Seu modo de usar era simples: o paciente poderia misturar com água quente e inalar o vapor ou simplesmente passar no peito.

Air France e Airbus

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Olá pessoal!

Hoje duas marcas que apareceram bastante na mídia na última semana: Air France e Airbus. Pena que apareceram por um motivo trágico.

Gostaria também de saber se vocês podem dar uma olhada nas minhas tirinhas humorísticas, o Misantropos. É legal, eu juro!

Um abraço!

Eduardo Nicholas

AIR FRANCE – França. Companhia aérea. 1933.

afVocê deve associar os aviões ao transporte de pessoas, mas no início essas máquinas voadoras foram mais usadas mesmo para o transporte de carga. Os correios logo passaram a aproveitar todo o potencial da invenção, formando uma grande rede de entregas agora bem mais rápidas.

Na França não foi diferente. Em 1933 quatro das maiores empresas de transporte do país se uniram, juntamente com o serviço aéreo de correios, para criar a Air France (Ar França, esse air não é inglês, é francês mesmo). Inicialmente transportando carga, não demorou para que a companhia incluísse também o transporte de passageiros.

Mesmo durante a II Guerra Mundial a empresa continuou funcionando, baseada em Casablanca, no Marrocos. Terminado o conflito, em 1945 o governo estatizou toda a aviação civil do país, tornando a Air France umas das poucas companhias aéreas da França.

Google, a centésima marca do DM

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Olá pessoal!

Chegamos hoje à centésima marca publicada no Dicionário das Marcas desde seu reinício como coluna do excelente blog Sedentário e Hiperativo.

Para marcar a ocasião eu tenho duas surpresas: a primeira é que falarei hoje somente do Google, marca que considero como a mais influente da atualidade. A segunda é um arquivo com a compilação das definições dos nomes de todas as marcas publicada até agora!

Você pode fazer o download desse arquivo clicando aqui.

Sobre o Google, aprecie a história deles no post que se inicia logo abaixo.

Obrigado!

Eduardo Nicholas

GOOGLE – Estados Unidos. Internet. 1998.

googlelogoVocê saberia dizer o valor de um número 1 seguido por cem zeros? Não? Então eu explico. A história desse número começou em 1938 quando os matemáticos Edward Kasner e James Newman escreviam um livro chamado Matemática e Imaginação. Lá pelo meio da obra eles se depararam com um numeral enorme, composto pelo número 1 e seguido por cem zeros. Para continuar escrevendo eles tinham duas opções: ou chamavam a coisa de “dez elevado à centésima potência” ou inventavam um termo para se referirem ao número.

Como a segunda opção tornaria o texto mais compreensível, os dois passaram a procurar uma nova palavra. Mas, sabe como é, os matemáticos não são bons com as palavras e a tarefa foi se tornando muito complicada. Então no melhor estilo “ah, qualquer nome serve” eles chamaram o garotinho Milton Sirotta, sobrinho de Kasner, então com oito anos. Pediram ao moleque que ele dissesse um nome, um nome qualquer. Ele então soltou um grunhido que soou parecido com o termo googol. A palavra acabou indo para o livro e virou moda no meio matemático.

Ferrari, Lamborghini, Mazda e Cadillac

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Olá pessoal!

Trago quatro marcas de carros para vocês hoje, duas italianas, uma japonesa e uma norte-americana. Semana que vem tenho uma boa surpresa: teremos a centésima marca publicada aqui no Dicionário das Marcas.

No mais, no final do post de hoje há um link para o blog que publica minhas tirinhas humorísticas mal desenhadas e outro link para o meu Twitter.

Valeu!

Eduardo Nicholas

FERRARI – Itália. Automóveis. 1947.

ferrari1Enzo Ferrari gostava mesmo de corridas de automóveis. É claro que ele gostava de carros, mas no começo não pensava em fabricá-los. Preferia mesmo pilotar. Desde pequeno mostrava aptidão para esse ofício. Com dez anos foi a uma corrida e nunca mais esqueceu da sensação de ver os carros zunindo na pista.

Era pobre, nascera na periferia de Modena. Perdeu o pai e o irmão com 18 anos, ficou praticamente por conta própria. Trabalhou em montadoras, lutou na I Guerra Mundial e quase morreu de doença. Porém, nunca esqueceu seu sonho. Começou com veículos de teste, mas logo seu talento para as corridas apareceu e ele se tornou um dos mais respeitados pilotos da Itália.

Recebeu prêmios do governo, era bastante reconhecido por todos. Em 1929 aproveitou sua fama e criou a Scuderia Ferrari, uma equipe de pilotos de corrida. Em apenas quatro anos a equipe de Enzo já representava os carros da Alfa Romeo, grande montadora na época.

Sadia, Perdigão e Bic

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Olá pessoal!

Sadia e Perdigão surgiram na mesma região, vendendo os mesmos produtos, e agora são formalmente a mesma empresa. Sadia e Transbrasil são companhias irmãs. O inventor da esferográfica foi morar na Argentina.

Esses e outros fatos no Dicionário das Marcas!

Um abraço!

Eduardo Nicholas

SADIA – Brasil. Alimentos. 1944.

sadiaO gaúcho Attilio Fontana chegou em Concórdia, Santa Catarina, procurando oportunidades de negócio. Lá encontrou uma empresa à beira da falência. Tirou o dinheiro do bolso, fez a proposta e se tornou dono do que ele chamaria de Sociedade Anônima Indústria e Comércio Concórdia, referência à cidade natal da companhia.

No começo só conseguiu produzir farinha de trigo, uma vez que a estrutura da fábrica que comprara era precária. Havia também um frigorífico inacabado dentro da propriedade. Fontana o reativou e passou a criar porcos para abate.

Três anos se passaram e tudo correu muito bem. Os abates já chegavam a 100 por dia e outros animais passaram a ser criados. Nesse tempo Fontana mudou o nome da empresa, encurtando sua denominação para Sadia, um acrônimo formado pela abreviação dos termos Sociedade Anônima (sa) e as três últimas letras de Concórdia (dia).

Red Bull, C&A e Kyocera

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RED BULL – Áustria. Energético. 1987.

red-bullViajar é um modo excelente de gastar seu dinheiro. Conhecer novos lugares, novos costumes, pratos diferentes. Tudo isso enriquece sua vivência e aumenta seu conhecimento sobre o mundo. Para alguns, uma viagem pode significar uma mudança para a vida toda. O austríaco Dietrich Mateschitz passou por isso quando visitou a Tailândia no início da década de 80. Andando nas ruas movimentadas de Bangkok em plena madrugada, ele resolveu pegar um táxi para encurtar o caminho. Não se sentia bem, o fuso horário embaralhava sua mente. Sentia sono de dia, ficava desperto de noite. Sentou-se na parte de trás do carro, indicou o caminho do hotel e passou a olhar as ruas distraidamente. De repente notou que o motorista bebia algo num copo, entre uma curva e outra. O cheiro era bom, ele então pediu para experimentar. O gosto não era lá essas coisas, porém era interessante a função do líquido: manter os taxistas acordados durante o turno da noite. “Como se chama isso”, perguntou o austríaco. O motorista respondeu prontamente, “chama-se krating daeng”.

Lada, Oral-B e Mococa

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LADA – URSS. Automóvel. 1974.

ladaLada, também conhecido como Lado, é um deus da mitologia eslava, comumente associado a harmonia, juventude, amor e beleza. Seu nome foi usado para batizar um modelo de carro da fábrica russa AvtoVaz. Esse automóvel chegou aqui no Brasil no início dos anos 90, depois do então presidente Collor afirmar que os carros brasileiros eram carroças.

Como tudo que o Collor fez não deu muito certo, era de se esperar que a importação do Lada para o nosso mercado não fosse lá uma boa idéia. O carro tinha tecnologia ultrapassada e, apesar do baixo consumo, não andava nada. De qualquer forma o preço era em conta, é muita gente comprou. O difícil hoje é passar para frente…