Em Cartaz: Tarantino e seus Bastardos!

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Em Cartaz: Tarantino e seus Bastardos!

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Título: Bastardos Inglórios
Título Original: Inglorious Basterds
Diretor: Quentin Tarantino
Elenco: Brad Pitt, Christoph Waltz, Diane Kruger, Mélanie Laurent, Daniel Brühl, Eli Roth, Til Schweiger, Samm Levine, Michael Fassbender, B.J. Novak
Roteiro: Quentin Tarantino
Fotografia: Robert Richardson
Produção: Lawrence Bender
Duração: 153 min.
Ano: 2009
País: EUA/ Alemanha
Gênero: Ação

Desde que começou a trabalhar como balconista de uma Videolocadora em 1984, Quentin Tarantino alimentava suas inspirações, bem visíveis hoje em dia, assistindo a todo tipo de filme. De Kung-fu a Western, passando pelos clássicos da cinematografia mundial.
Seu primeiro roteiro saiu aos 22 anos de idade e já despertou a curiosidade de alguns, mas foi em “Cães de Aluguel” (1992) que o diretor mostrou que tinha um dom. Em “Pulp Fiction” (1994), mostrou que tinha talento. Em “Jackie Brown” (1997), mostrou que sabe adaptar roteiros. Em “Kill Bill” (2003) mostrou o que realmente absorveu de suas influências. Em “Death Proof” (Grindhouse) (2007) mostrou que sabe fazer homenagens. Mas em “Bastardos Inglórios” (2009), mostrou que é o maior nome do cinema norte-americano atual. Não é?

Bastardos Inglórios é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes do ano, e um dos mais importantes na carreira de Tarantino. A idéia de rodar um filme baseado em um outro, italiano de 1978, dirigido por Enzo Castellari foi mais uma loucura do diretor em que alguns produtores acreditaram, injetaram dinheiro e lucraram até o momento algo em torno de 250 milhões de dólares. Contando em capítulos uma história ambientada na França ocupada pelo exército Nazista na segunda guerra mundial, a trama, muito bem montada é focada em várias histórias e personagens, como um grupo de soldados judeus que tem por finalidade exterminar e marcar o maior número possível de nazistas de modo cruel, para espalhar o medo entre eles. Ou mostrar como uma jovem, que testemunhou a execução de toda a sua família, montou seu plano de vingança.

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No roteiro, que levou longos 10 anos para ser finalizado, diálogos relativamente longos ditam o tom do filme, bem ao modo já característico do diretor – Conversas recheadas de sarcasmo, ironia e humor servem em vários momentos para diminuir o clima de tensão que se instala, ou gerar o efeito contrário, como vemos na primeira cena onde um Coronel conhecido como “Caçador de Judeus” interroga um fazendeiro suspeito de abrigar refugiados em sua casa. O take, além de impressionar pelo suspense gerado, e pela violência, é peça chave para o desenvolvimento de toda trama. E por falar em violência, é claro que ela está presente no filme, e em alguns momentos exige um estômago forte por parte da platéia – Exemplo: a cena em que os “Bastardos”, como são conhecidos os vingativos soldados judeus, retiram o couro cabeludo de nazistas com uma faca. Urgh!
Um outro ponto interessante e até corajoso por parte do realizador, foi misturar ficção com fatos históricos reais, portanto já deixo bem claro que o filme não é a reprodução de uma aula de história. Não se esqueça disso!

i_b3No elenco, Brad Pitt que há muito provou não ser somente um rostinho bonito fazendo
bobeira em Hollywood, está muito bem. Caricato e engraçado, apesar de carregar o ódio como alimentação do seu personagem, conduziu bem o papel e deixou a impressão de: “Essa foi fácil, manda outra aí Tarantino!”. Daniel Brühl, Mélanie Laurent e até Eli Roth (sim, o diretor de “O Albergue” e amigo de Tarantino) estiveram bem na tela. Mas, o ladrão de cena da vez foi Christoph Waltz, no papel do Coronel Hans Landa, que simplesmente ofuscou quem estava em quadro com ele, dando um show de interpretação (e não estou exagerando). Waltz fez de um antagonista a figura mais marcante do longa.

O filme não é de ação, drama ou aventura; seu gênero é… do Tarantino, sabe? E se você está no clube de admiradores do trabalho dele, não deixe de ver “Bastardos Inglórios”. Mas se você ainda não é fã de Quentin Tarantino, esta é uma ótima oportunidade para se tornar um.

Trailer (Legendado)

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Aproveitando a ocasião, no bônus de hoje separei um Curta-metragem que já rola há algum tempo na internet, mas é obrigatório a todos nós, fãs de Quentin Tarantino – Em uma impagável performance de Selton Mello e Seu Jorge discutindo a existência de um possível “Código Tarantino”. Imperdível!

Tarantino’s Mind

Roteiro e Direção: 300ml

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A dupla Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, que vem rendendo bons resultados para ambos (Vide “Os Infiltrados”) está de volta. Dessa vez com “Ilha do Medo”, longa que é baseado no livro homônimo de Dennis Lehane e retrata uma história ambientada em 1954, onde o detetive Teddy Daniels investiga o desaparecimento de uma assassina que fugiu de um hospital psiquiátrico, e está supostamente foragida na remota Shutter Island.

Estava ansioso para ver esse filme, mas ele teve seu lançamento adiado, e só chegará por aqui em 05 de Março de 2010. Por enquanto, ficamos com o novo trailer (Legendado):

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As 50 Melhores Animações de Todos os Tempos

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A revista inglesa Time Out divulgou uma lista com os 50 Melhores Filmes de Animação de todos os tempos – O ranking, que é um prato cheio aos amantes do gênero, destaca o nome do realizador japonês Hayao Miyazaki que ocupa o topo com o longa “Meu Vizinho Totoro”, e ainda aparece mais três vezes na lista. Confira:

1 – Meu Vizinho Totoro (1988) – Direção: Hayao Miyazaki
2 – Branca de Neve e os Sete Anões (1937) – Direção: David Hand
3 – Pernalonga e Papaléguas – O Filme (1979) – Direção: Chuck Jones e Phil Monroe
4 – Fantasia (1940) – Direção: Vários diretores
5 – Toy Story (1995) – Direção: John Lasseter
6 – A Viagem de Chihiro (2001) – Direção: Hayao Miyazaki
7 – Yellow Submarine (1968) – Direção: George Dunning
8 – As Bicicletas de Belleville (2003) – Direção: Sylvain Chomet
9 – South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes (1999) – Direção: Trey Parker e Matt Stone
10 – Robin Hood (1973) – Direção: Wolfgang Reitherman
11 – Bambi (1942) – Direção: David Hand
12 – Grave of the Fireflies (1988) – Direção: Isao Takahata
13 – Dumbo (1941) – Direção: Ben Sharpsteen
14 – Gandahar (1988) – Direção: René Laloux
15 – O Gigante de Ferro (1999) – Direção: Brad Bird
16 – Akira (1988) – Direção: Katsuhiro Otomo
17 – The Brave Little Toaster (1987) – Direção: Jerry Rees
18 – Mogli, o Menino Lobo (1967) – Direção: Wolfgang Reitherman
19 – When the Wind Blows (1988) – Direção: Jimmy T Murakami
20 – Pinóquio (1940) – Direção: Hamilton Luske & Ben Sharpsteen
21 – Whisper of the Heart (1995) – Direção: Yoshifumi Kondo
22 – O Estranho Mundo de Jack (1993) e Coraline e o Mundo Secreto (2009) – Direção: Henry Selick
23 – Perfect Blue (1997) – Direção: Satoshi Kon
24 – Os Incríveis (2004) – Direção: Brad Bird
25 – Watership Down (1978) – Direção: Martin Rosen
26 – Princess Mononoke (1997) – Direção: Hayao Miyazaki
27 – Antz (1998) – Direção: Eric Darnell and Tim Johnson e Vida de Inseto (1998) – Direção: John Lasseter and Andrew Stanton
28 – Persépolis (2007) – Direção: Marjane Satrapi & Vincent Paronnaud
29 – A Ratinha Valente (1982) – Direção: Don Bluth
30 – Porco Rosso (1992) – Direção: Hayao Miyazaki
31 – WALL-E (2008) – Direção: Andrew Stanton
32 – Kiriku e a Feiticeira (1998) – Direção: Michel Ocelot
33 – Aladin (1992) – Direção: Ron Clements and John Musker
34 – Ghost in the Shell (1995) – Direção: Mamoru Oshii
35 – Beavis and Butt-head Detonam a América (1996) – Direção: Mike Judge and Yvette Kaplan
36 – O Senhor dos Anéis (1978) – Direção: Ralph Bakshi
37 – A Soldier’s Tale (1984) – Direção: RO Blechman & Christian Blackwood
38 – Ratatouille (2007) – Direção: Brad Bird
39 – Aqua Teen Hunger Force Colon Movie Film For Theatres (2007) – Direção: Matt Maiellaro & Dave Willis
40 – Animal Farm (1954) – Direção: John Halas & Joy Batchelor
41 – Ferngully – As Aventuras de Zack e Crysta na Floresta Tropical (1992) – Direção: Bill Kroyer
42 – Fritz the Cat (1972) – Direção: Ralph Bakshi
43 – Happy Feet – O Pinguim (2006) – Direção: George Miller
44 – Waking Life (2001) e O Homem Duplo (2006) – Direção: Richard Linklater
45 – Transformers – The Movie (1986) – Direção: Nelson Shin
46 – Paprika (2006) – Direção: Satoshi Kon
47 – A Bela Adormecida (1959) – Direção: Clyde Geronimi
48 – Final Fantasy: The Spirits Within (2001) – Direção: Hironobu Sakaguchi
49 – Tá Chovendo Hambúrguer (2009) – Direção: Phil Lord
50 – Heavy Metal (1981) – Direção: Gerald Potterton

Fonte: R7

Dizem que o legal de listas é poder discordar delas, então vamos lá: “Paprika” no 46º lugar é sacanagem, quem já viu a animação sabe do que estou falando!

E você, o que achou?

Além do S&H, Adriano Martins escreve para o Cinemando