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Pedro Schmaus

Sadia, Perdigão e Bic

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Olá pessoal!

Sadia e Perdigão surgiram na mesma região, vendendo os mesmos produtos, e agora são formalmente a mesma empresa. Sadia e Transbrasil são companhias irmãs. O inventor da esferográfica foi morar na Argentina.

Esses e outros fatos no Dicionário das Marcas!

Um abraço!

Eduardo Nicholas

SADIA – Brasil. Alimentos. 1944.

sadiaO gaúcho Attilio Fontana chegou em Concórdia, Santa Catarina, procurando oportunidades de negócio. Lá encontrou uma empresa à beira da falência. Tirou o dinheiro do bolso, fez a proposta e se tornou dono do que ele chamaria de Sociedade Anônima Indústria e Comércio Concórdia, referência à cidade natal da companhia.

No começo só conseguiu produzir farinha de trigo, uma vez que a estrutura da fábrica que comprara era precária. Havia também um frigorífico inacabado dentro da propriedade. Fontana o reativou e passou a criar porcos para abate.

Três anos se passaram e tudo correu muito bem. Os abates já chegavam a 100 por dia e outros animais passaram a ser criados. Nesse tempo Fontana mudou o nome da empresa, encurtando sua denominação para Sadia, um acrônimo formado pela abreviação dos termos Sociedade Anônima (sa) e as três últimas letras de Concórdia (dia).

Red Bull, C&A e Kyocera

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RED BULL – Áustria. Energético. 1987.

red-bullViajar é um modo excelente de gastar seu dinheiro. Conhecer novos lugares, novos costumes, pratos diferentes. Tudo isso enriquece sua vivência e aumenta seu conhecimento sobre o mundo. Para alguns, uma viagem pode significar uma mudança para a vida toda. O austríaco Dietrich Mateschitz passou por isso quando visitou a Tailândia no início da década de 80. Andando nas ruas movimentadas de Bangkok em plena madrugada, ele resolveu pegar um táxi para encurtar o caminho. Não se sentia bem, o fuso horário embaralhava sua mente. Sentia sono de dia, ficava desperto de noite. Sentou-se na parte de trás do carro, indicou o caminho do hotel e passou a olhar as ruas distraidamente. De repente notou que o motorista bebia algo num copo, entre uma curva e outra. O cheiro era bom, ele então pediu para experimentar. O gosto não era lá essas coisas, porém era interessante a função do líquido: manter os taxistas acordados durante o turno da noite. “Como se chama isso”, perguntou o austríaco. O motorista respondeu prontamente, “chama-se krating daeng”.

Lada, Oral-B e Mococa

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LADA – URSS. Automóvel. 1974.

ladaLada, também conhecido como Lado, é um deus da mitologia eslava, comumente associado a harmonia, juventude, amor e beleza. Seu nome foi usado para batizar um modelo de carro da fábrica russa AvtoVaz. Esse automóvel chegou aqui no Brasil no início dos anos 90, depois do então presidente Collor afirmar que os carros brasileiros eram carroças.

Como tudo que o Collor fez não deu muito certo, era de se esperar que a importação do Lada para o nosso mercado não fosse lá uma boa idéia. O carro tinha tecnologia ultrapassada e, apesar do baixo consumo, não andava nada. De qualquer forma o preço era em conta, é muita gente comprou. O difícil hoje é passar para frente…

Volkswagen, 3M e Harley-Davidson

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VOLKSWAGEN – Alemanha. Automóveis. 1934.

vwlogoO conceito de carro popular nasceu com os Ford T nos Estados Unidos. Barato, econômico e fácil de fabricar, seu objetivo era ser acessível ao cidadão com pouca grana. Baseado na experiência dos EUA, o governo alemão também pensou em estimular a construção de veículos similares no país. No início da década de 1930 eles convidaram o já famoso projetista Ferdinand Porsche para apresentar um protótipo. A pesquisa durou bastante tempo. Porsche até visitou a fábrica da Ford em Detroit, em busca de mais informações sobre modo de produção dos automóveis americanos.

Nesse meio tempo Adolf Hitler chega ao governo da Alemanha. O projeto é apoiado e, em 1936, Porsche apresenta para teste os primeiros protótipos do veículo. As avaliações são excelentes, tanto que Hitler ordena que sua Frente Alemã do Trabalho (FAT) fique responsável por viabilizar a idéia. Dentro da FAT havia a Kraft durch Freude (KDF), concebida especificamente para oferecer melhorias à qualidade de vida dos moradores da Alemanha.

Cotonetes, Kellogg’s e Maizena

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COTONETES – Estados Unidos. Cotonetes. 1920.

cotoneteEm inglês, uma pequena haste com um pedaço de algodão na ponta se chama cotton swab, “esfregão de algodão” numa tradução literal. Essa invenção é antiga, muito usada na medicina durante tratamentos que incluem limpeza de feridas ou de orifícios. E foi justamente um médico, o doutor Leo Gerstenzang, que popularizou o uso da cotton swab. Sua grande sacada foi redirecionar o uso do produto para a higiene dos ouvidos, principalmente das crianças, criaturas que não conseguem se limpar sozinhas.

Gerstenzang batizou o novo produto de Q-tips, um acrônimo que une a primeira letra de quality (qualidade) e tips (pontas), referência ao pedacinho de algodão na extremidade do palito. Leo teve realmente uma grande idéia e fez muito dinheiro nos Estados Unidos. No entanto, nós só conhecemos seu produto graças à Johnson & Johnson. Eles passaram a fabricar o invento também, batizado-o simplesmente de Johnson & Johnson Cotton Swabs. Foram eles que trouxeram o invento ao Brasil.

Pepsi, Perrier e Pizza Hut

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PEPSI-COLA – Estados Unidos. Refrigerante. 1898.

pepsiAssim como a sua rival Coca-Cola, a Pepsi foi concebida e batizada no meio farmacêutico. Mas a história tem duas versões. A primeira é bonitinha. A segunda está nas Curiosidades de Sobremesa. Dizem que tudo começou quando o pesquisador Caleb Bradham buscava desenvolver um remédio para combater a dispepsia, conhecida comumente como indigestão. Esse tipo de indisposição estomacal pode ter muitas causas, porém nos casos mais simples é só porque a pessoa comeu demais, comeu muito rápido ou ingeriu algo exageradamente gorduroso.

A idéia de Caleb era dar um jeito de melhorar a vida de quem se sentia mal por causa de uma dispepsia. Para isso ele aprendeu em detalhes o funcionamento do estômago. Em suas pesquisas percebeu que o segredo era trabalhar com a pepsina, uma das enzimas responsáveis pelo processo de digestão. Em pouco número no suco gástrico, ela acaba por retardar a quebra dos alimentos, dando ao indivíduo uma sensação de estufamento.

 

Especial marcas de cosméticos

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Olá pessoal!

O Dicionário das Marcas volta às suas origens etimológicas. Publico hoje 10 marcas de uma só vez, todas do segmento de cosméticos:

L’Oréal – Cacharel – Niasi – Wella – Pantene – Dove – Davene – Lancôme – Nivea – Água de Cheiro

Os textos são curtos e objetivos, centrados na origem do nome das marcas e com pequenas curiosidades.

Faço isso para agradar também o leitor que curte mais o lado etimológico do DM. Porém, o pessoal que prefere o lado enciclopédico não precisa se preocupar. Os posts com poucas marcas e muitos detalhes históricos continuarão a ser publicados.

Espero que gostem!

Eduardo Nicholas

DAVENE – Brasil. Cosméticos. 1978.

Os nomes em francês dão um tom chique à marca, sendo largamente utilizados por empresas ligadas aos segmentos de moda e cosméticos. É claro que não basta apenas soar bonito, é preciso escolher um termo davene1condizente com o ramo de atuação da companhia ou com a mercadoria que ela vende. Em 1978 o laboratório Sardalina tinha nas mãos a fórmula de um novo creme hidratante, feito com base no extrato de aveia. Ao procurar um nome para o produto, os fabricantes escolheram a expressão d’avoine, que em francês significa “de aveia”. Mesmo soando bem e sendo coerente com o produto, o termo era difícil de entender. Por isso ele foi aportuguesado, transformando-se em Davene.

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