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Miracleman – Nada se cria, tudo se copia | Comics Addicted #5

modelo_new_azul.jpg Miracleman 01No início dos anos 80 um personagem pouquíssimo conhecido trouxe aos quadrinhos várias revoluções narrativas, elevando os quadrinhos de super-herói ao um nível dificilmente alcançado anterior e posteriormente. Temas como realidade virtual, indução de memória, troca de corpos, universos paralelos, entre outros foram introduzidos de forma genial em um personagem que até então era uma caricatura dos super-heróis americanos. Miracleman é um dos personagens marcantes na carreira do gênio recluso Alan Moore, e para entender sua história é necessário voltar ao final dos anos 30.

O lançamento da primeira aventura de Superman em Action Comics 1, de 1938, provocou um verdadeiro alvoroço entre os jovens no final dos anos 30. Os Estados Unidos passavam por uma grande depressão econômica, o que acarretou em milhares de desempregados e famintos por todo o país. Neste momento surgem os super-heróis, seres poderosos e imbatíveis, tudo o que os americanos não se sentiam naquele momento. Apesar disso, os roteiros das histórias ainda se baseavam muito na narrativa dos antigos pulps, quadrinhos basicamente detetivescos (prova disso é o próprio nome da editora DC que vem de Detective Comics), e mesmo o Superman, que possuía uma origem embasada na ficção-científica, acabava sempre desvendando crimes de gangsters, os vilões mais comuns naquela época.

O Homem-Aranha e seu pretinho básico | Comics Addicted #3

modelo_new_azul.jpg comictuha_1.jpgSe existe alguma coisa que rivaliza em importância com os poderes de um super-herói, certamente são suas roupas. Por mais maravilhosos que sejam os dons de qualquer personagem, não dá simplesmente para sair por aí usando jeans e camiseta ao prender bandidos. E no dia da estréia de Homem-Aranha 3, todos estão reparando justamente neste aspecto da história de Peter Parker: sua famigerada “roupa negra”.

Criado em 1962 por Stan Lee e Steve Ditko, com auxílio do lendário Jack Kirby nos primeiros esboços, o escalador de paredes estreou já com seu uniforme clássico, um misto de azul com vermelho, coberto de teias negras (o tecido foi provavelmente comprado em uma ponta de estoque pós-halloween). Vale lembrar que ao contrário da história mostrada nos cinemas, nos quadrinhos a teia do personagem não é produzida por seu corpo mas sim resultado de uma fórmula desenvolvida por Peter. Com este visual, o Homem-Aranha continuou combatendo o crime por quase 30 anos, até que, no final dos anos 80, participou de um grande evento no universo da editora Marvel chamado Guerras Secretas.

A morte do Sonho Americano | Comics Addicted #1

modelo_new_azul.jpg civwartub1.jpgA imagem que estampa a capa de Captain America 25, lançada no início de março, nos Estados Unidos, não poderia ser mais emblemática. A luva ensangüentada, e ainda presa por uma algema, descansa, sem vida, sobre um jornal que estampa a notícia: “A Morte do Sonho”.

Com uma estratégia de divulgação brilhante, a revista chegou até as comic shops americanas com sucesso garantido. No mesmo dia de seu lançamento, o site de um dos jornais de maior circulação no país, o New York Daily News, trazia a notícia da morte deste que é um dos maiores ícones da cultura pop norte-americana: o Capitão América. Não tardou para que todas as agências de notícia através do globo reproduzissem a manchete, criando um dos maiores estardalhaços já vistos, em torno de uma história em quadrinho.