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Curta: Esta Terra é Minha

Esta Terra é Minha, Deus deu esta Terra para Mim“, cantado na voz aveludada de Andy Williams, em uma tragicômica animação de Nina Paley sobre aquele pequeno pedaço de terra no Oriente Médio tão disputado desde os primórdios da história.

Dos primeiros habitantes coletores aos da terra de Canaã, passando pelos egípcios, assírios, aos “filhos de Israel” no antigo testamento, babilônios, macedônios, gregos, ptolemaicos, selêucidas, de volta aos hebreus, aos macabeus, romanos, bizantinos, califas, cruzados, mamelucos, otomanos, árabes e então aos tempos modernos, com a dominação europeia representada pelos britânicos, que então dividiram as terras entre palestinos e judeus… que continuam disputando esse pequeno pedaço de terra até hoje, na luta representada na animação pelo Hezbollah e o estado de Israel.

Paley deixa claro que esse é apenas um cartum, sem pretensão de ser uma representação histórica rigorosa de todo o sangue derramado, e na animação arrisca uma visão do futuro: ao final <spoiler>o verdadeiro dono da terra, o verdadeiro heroi do Antigo Testamento, é o Anjo da Morte</spoiler>. [via Kuriositas, já indicamos outro trabalho fenomenal de Paley aqui]

De 0 a 100 anos em 150 segundos

Do recém-nascido à simpática centenária, no curta holandês ‘100‘ , de Jeroen Wolf, cada protagonista simplesmente diz sua idade. E em pouco mais de dois minutos, 5.050 anos de vida — a soma de todas as idades — passam em frente a nossos olhos!

Viajante do Tempo salva a Copa de 1950

Um viajante do tempo tipicamente brasileiro, interpretado por Antônio Fagundes, volta a 16 de julho de 1950 para tentar evitar a falha do goleiro Barbosa, que tirou a Copa do Mundo de Futebol do Brasil em plena inauguração do estádio do Maracanã.

É uma variação clássica dos paradoxos da viagem no tempo, só que mais brasileiro que isso, impossível.

Curta esse curta dirigido por Jorge Furtado, conhecido pelo excepcional Ilha das Flores, parte da compilação “Curta os Gaúchos” (1988). [dica do @aureliosjc]

Do Tango ao Redundante

Ganhador do Oscar de melhor curta de animação em 1983, “Tango” do polonês Zbigniew Rybczyński apresenta um único cenário onde as mesmas ações, cada vez mais absurdas, vão se repetindo até que nada menos que 36 figuras lotem o filme. Em oito minutos, vários estágios da vida de homens e mulheres passam pela tela sempre reproduzindo os mesmos gestos.

Tudo isso foi feito à mão trabalhando com uma impressora ótica sobre o negativo 16 horas por dia, durante sete meses. Apenas 15 anos depois, o diretor Mark Kohr renderia uma homenagem ao trabalho, agora com o avanço das técnicas digitais, através de um clipe que você já deve conhecer: “Redundant” do Green Day.

Repare na janela, nas roupas do garoto, na Dita Von Teese se trocando e várias outras referências ao original do polonês. Clique em (mais) para outros dois clipes inspirados por “Tango“: