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história

Os Moai da Ilha de Pácoa caminhavam

As estátuas andaram“, respondiam os habitantes da Ilha de Páscoa quando os visitantes perguntavam como as esculturas de pedra de toneladas, os Moai, haviam ido das pedreiras a distâncias que podiam passar de quilômetros.

Com apenas três cordas, 18 pessoas, ritmo e engenhosidade uma equipe de arqueólogos fez um novo Moai andar novamente. A réplica de 5 toneladas andou vários metros e demonstrou que a teoria defendida pelos arqueólogos Terry Hunt e Carl Lipo é plausível. Segundo eles, ao contrário da visão mais aceita que atribui aos nativos a destruição de vastas áreas de floresta para arrastar as estátuas gigantes deitadas sobre troncos, o folclore que fala de estátuas andando merece maior crédito.

A barriga proeminente das estátuas facilitaria o gingado, assim como uma base em D. A técnica é mais complicada e sujeita a erros, e as muitas estátuas caídas no caminho das pedreiras até seu destino final seriam estátuas que talvez tenham… tropeçado.

Mais informações, em inglês, na National Geographic, e para mais demonstrações de engenhosidade humana movendo megalitos com toneladas, confira o trabalho de Wally Wallington.

Muybridge, Cavalos Voadores e Sonhos Technicolor

Cavalos voam? Talvez soe como uma pergunta infantil, e no entanto mesmo milênios após a domesticação dos equinos, tão tarde quanto no século 19 ainda se discutia se um cavalo a galope mantia sempre uma pata em contato com o chão, ou se conseguia, por breves momentos, sustentá-las todas no ar. As mais épicas batalhas, com tropas sem fim de cavalos, e os mais ágeis e treinados cavaleiros não bastaram, pois as patas de um cavalo a galope simplesmente se movem rápido demais para que qualquer olho humano pudesse enxergá-las com precisão.

Nem mesmo um gênio como Leonardo da Vinci sabia se cavalos voavam. Fascinado pelo animal, uma de suas mais fabulosas obras é uma pintura que se perdeu no tempo: A Batalha de Anghiari. Ela tinha como tema central a luta de quatro cavaleiros, e dela restaram apenas cópias parciais como a que você confere no topo. E ainda assim as cópias capturam uma composição incrível – nenhum cavalo estava a galope, é bem verdade, e ainda assim pode-se quase enxergar movimento na luta. E ainda assim, todos os cavalos mantiam pelo menos uma pata no chão. Não eram cavalos voadores. Da Vinci não sabia se cavalos podiam voar.

Há pouco mais de 100 anos um homem descobriu se cavalos voavam e inaugurou uma nova arte.

O Apocalipse Maia e o Excel

Uma antiga civilização de programadores nos deixou um legado que é peça-chave para compreender o Apocalipse Maia prognosticado para este ano de 2012.

O nome deste legado é Excel.

Descubra como munido deste programa do pacote Office você poderá compreender alguns dos mistérios pré-colombianos e encarar melhor o Fim do Mundo!

Uma História do Mundo em Stop-Motion

Clipe bacana demais para a trilha “Thick As Thieves” de Kalle Mattson, criada por Kevin Parry.

O começo representa bem algumas das ideias científicas sobre a formação do planeta e a evolução da vida, mas a partir das pirâmides há uma boa dose de licença artística, o que dá uma graça especial ao vídeo.

A vida de uma artista há 13.000 anos

Nas cavernas de Rouffignac na França, estendendo-se por quilômetros podemos encontrar arte nas paredes criada na Idade da Pedra, há mais de uma dezena de milhar de anos. São pinturas retratando animais do paleolítico como mamutes e bisões, bem como uma profusão de marcas mais abstratas, deixadas pelos rastros de dedos em superfícies macias.

Aqui está o fascinante: medindo o tamanho dos traços bem como os pontos onde começaram a criar marcas, em uma espécie de CSI mais conhecido como arqueologia, cientistas demonstraram que podem identificar a idade e mesmo o sexo dos artistas! Foi assim que descobriram que uma das mais prolíficas artistas de Rouffignac foi uma garotinha de aproximadamente cinco anos de idade.

As marcas se estendem por cavernas nas profundezas do complexo subterrâneo, e muitas delas estão a uma altura que as crianças — a garotinha não estava só — só poderiam ter alcançado se fossem levantadas por um adulto.

E é assim que sabemos que em algum momento há 13.000 anos, em uma caverna na França, uma pequena garotinha de cinco anos criou arte, segurada por um adulto, em uma cena imortalizada nas profundezas da Terra. Nossas lendas mais antigas não duraram tanto, mas a imagem que você vê são os dedos daquela menina atravessando o tempo. [via Fogonazos]

Já chegou o Disco Voador? Podcast Visão Histórica!

Viaje pela abordagem histórica indo da ficção sobre extraterrestres aos supostos contatos reais com estes seres coincidentemente humanóides, com a participação deste que escreve aqui e também do amigo e historiador Rodolpho Gauthier, que desenvolveu sua tese sobre os primórdios dos discos voadores na mídia brasileira:

Visão Histórica 25Já chegou o disco voador?

Uma Breve Analogia

Homem: Olá, eu gostaria de registrar um assalto.
Policial: Um assalto? E onde é que você foi assaltado?
Homem: Eu estava andando pela Avenida Afonso Pena, próximo do cruzamento com a Avenida Brasil, e um homem sacou uma arma e disse: “Me dá o seu dinheiro!
Policial: E você deu?
Homem: Sim, eu dei.
Policial: Então você deu ao homem o seu dinheiro, sem resistir, sem gritar por ajuda ou tentar escapar?
Homem: Bom, sim, mas eu estava apavorado! Pensei que ele fosse me matar!
Policial: Hummm, sei. Mas você disse que não resistiu. Tomei conhecimento também de que você é um filantropo bem conhecido.
Homem: Eu costumo doar dinheiro para caridade, sim.
Policial: Então você gosta de dar dinheiro para os outros. Você faz disto um hábito.
Homem: O que isso tem a ver com o assalto?
Policial: Vejamos. Você estava andando pela Avenida Afonso Pena, todo arrumado de terno, quando todos sabem que você é um notório filantropo, que costuma doar dinheiro. E então você não reagiu. Para mim parece que você deu dinheiro a alguém, mas agora depois do ato está arrependido. Diga, você realmente quer arruinar a vida do cara só porque você mudou de idéia?
Homem: Isso é ridículo!
Policial: Esta é uma analogia com o estupro. Isto é o que as mulheres enfrentam todos os dias quando tentam levar seus estupradores à Justiça.
Homem: Que merda de patriarcado!
Policial: Exatamente!

[via Feminist Philosophers, tradução adaptada do original do Albener]