Browsing Tag

curiosidades

Descubra a Abóbada Imaginária das Constelações

Olhamos para o céu noturno e vemos milhares de pontos de luz. Nossos antepassados conectaram esses pontos e definiram as constelações adornando a abóbada celeste — como um grande teto curvo, com pequenos furos pelos quais a quintessência do além escorre. A visualização do céu número 1 criada por Santiago Ortiz ilustra de forma interativa essa visão do céu que hoje, com toda a poluição luminosa das cidades, dificilmente conseguimos ver.

Agora, a visualização do céu número 2, que você confere clicando na imagem acima, é fantástica. Ela representa a abóbada celeste vista do lado de fora, como uma esfera que nos envolve — você estaria lá no centro. O tamanho dos pontos cinzas é proporcional à magnitude, à intensidade aparente com que as estrelas brilham. As constelações são as ligações entre as estrelas próximas na abóbada celeste que os antigos imaginaram.

E então, no canto inferior esquerdo, clique em “absolute magnitude, actual positions” e prepare-se para um mindf*ck. A visualização passará a representar a verdadeira intensidade com que cada estrela brilha (quanto maior, mais brilhante), bem como a verdadeira posição e distância a que cada estrela se situa de nós. O que era uma esfera, uma abóbada, se torna uma dispersão quase caótica de pontos. E ela representa um espaço muito, muito mais vasto.

Você pode notar como as estrelas mais distantes são as mais luminosas? É por isso que elas aparentam estar tão próximas quanto aquelas mais tênues. E as ligações de pontos que aos nossos antepassados parecia natural porque eles pareciam próximos se revela como uma ilusão. Cada estrela que compõe cada constelação pode estar a muitos anos-luz daquela que parece, vista da Terra, estar logo ao seu lado.

As constelações são construções imaginárias humanas, e muito passageiras, porque a disposição tridimensional das estrelas ainda muda com o tempo — nenhuma estrela está fixa. Você pode entender melhor esta ilusão com a Constelação de Homer Simpson, mas a visualização de Ortiz e a forma interativa como pode alternar entre a esfera imaginária dos antigos e a realidade das verdadeiras distâncias astronômicas e diferenças extraordinárias no brilho das estrelas dá uma noção de como o Universo ao nosso redor pode superar nossa fantasia.

ATUALIZAÇÃO: Riley Davis tem uma outra visualização das constelações de tirar o fôlego! A versão de Davis destaca as Constelações na Eclíptica, aquele tal de Zodíaco. [via Flowing Data]

Os Moai da Ilha de Pácoa caminhavam

As estátuas andaram“, respondiam os habitantes da Ilha de Páscoa quando os visitantes perguntavam como as esculturas de pedra de toneladas, os Moai, haviam ido das pedreiras a distâncias que podiam passar de quilômetros.

Com apenas três cordas, 18 pessoas, ritmo e engenhosidade uma equipe de arqueólogos fez um novo Moai andar novamente. A réplica de 5 toneladas andou vários metros e demonstrou que a teoria defendida pelos arqueólogos Terry Hunt e Carl Lipo é plausível. Segundo eles, ao contrário da visão mais aceita que atribui aos nativos a destruição de vastas áreas de floresta para arrastar as estátuas gigantes deitadas sobre troncos, o folclore que fala de estátuas andando merece maior crédito.

A barriga proeminente das estátuas facilitaria o gingado, assim como uma base em D. A técnica é mais complicada e sujeita a erros, e as muitas estátuas caídas no caminho das pedreiras até seu destino final seriam estátuas que talvez tenham… tropeçado.

Mais informações, em inglês, na National Geographic, e para mais demonstrações de engenhosidade humana movendo megalitos com toneladas, confira o trabalho de Wally Wallington.

Himalaia: o teto do mundo flagrado ao descoberto

A cordilheira do Himalaia, a mais alta cadeia de montanhas do planeta, flagrada da Estação Espacial Internacional pelo astronauta André Kuipers.

Desse distante ponto de observação, percebemos como a tênue camada daquilo que chamamos de atmosfera, ou todo o ar que respiramos, deixa exposta a cadeia de montanhas com centenas de picos com mais de sete quilômetros de altitude. Ainda há ar por lá, mas um ar tão ralo que não pode abrigar cidades humanas permanentes. Ninguém mora no teto do mundo, ele é apenas visitado. O topo do mundo está descoberto e desabitado.

Apreciar esse flagrante do teto do mundo pode se tornar mais profundo se lembrarmos que mesmo o ponto mais alto de todos, o ápice do Monte Everest, com seus 8.846 metros, representa menos de um milésimo do diâmetro do planeta. Pinte uma bola de bilhar com uma fina mão de tinta, e esta mão de tinta terá o dobro da altura do Everest — se a bola de bilhar fosse do tamanho da Terra.

O cobertor da pequena mistura de atmosfera presa à gravidade terrestre que mantém uma frágil e instável quantidade de umidade representa tudo aquilo que consideramos como o mundo em que vivemos. Uma mão de tinta em uma bola de bilhar tem o dobro da espessura desta fina camada de mundo.

Como um olho enxerga a si mesmo?

Veja diretamente os vasos sanguíneos dentro de seus olhos – sem nenhum perigo, apenas balançando os dedos na frente do rosto. E descubra de quebra nesta coluna “Dúvida Razoável” como isso só é possível porque eles foram resultado de um projeto não muito inteligente.

Esta não é uma pegadinha, e pode ser feita em dois minutos. Aprenda e veja dentro de seus olhos na continuação!

Muybridge, Cavalos Voadores e Sonhos Technicolor

Cavalos voam? Talvez soe como uma pergunta infantil, e no entanto mesmo milênios após a domesticação dos equinos, tão tarde quanto no século 19 ainda se discutia se um cavalo a galope mantia sempre uma pata em contato com o chão, ou se conseguia, por breves momentos, sustentá-las todas no ar. As mais épicas batalhas, com tropas sem fim de cavalos, e os mais ágeis e treinados cavaleiros não bastaram, pois as patas de um cavalo a galope simplesmente se movem rápido demais para que qualquer olho humano pudesse enxergá-las com precisão.

Nem mesmo um gênio como Leonardo da Vinci sabia se cavalos voavam. Fascinado pelo animal, uma de suas mais fabulosas obras é uma pintura que se perdeu no tempo: A Batalha de Anghiari. Ela tinha como tema central a luta de quatro cavaleiros, e dela restaram apenas cópias parciais como a que você confere no topo. E ainda assim as cópias capturam uma composição incrível – nenhum cavalo estava a galope, é bem verdade, e ainda assim pode-se quase enxergar movimento na luta. E ainda assim, todos os cavalos mantiam pelo menos uma pata no chão. Não eram cavalos voadores. Da Vinci não sabia se cavalos podiam voar.

Há pouco mais de 100 anos um homem descobriu se cavalos voavam e inaugurou uma nova arte.

Andando sobre a água

Em plena Sibéria, no Lago Baikal, com sua água límpida e uma camada de gelo de sete centímetros, andar sobre a água não é algo miraculoso, mas ainda é sensacional!