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Fórmula Indie

Pony Pony Run Run: electropop versus niilismo hipster

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E depois de dois anos de hiato, eis que esta colunista retorna ao Sedentário & Hiperativo.

Para quem chega agora ou tem memória curta, o assunto da coluna é sobre música. Mais precisamente, música que não toca na rádio mas deveria.

A ideia é apresentar uma banda a cada coluna, então chega de papo e vamos lá.

Antes de apresentar Pony Pony Run Run, a melhor banda do mundo hoje, vamos exercitar a imaginação:

jgPista lotada e duas meninas igualmente bonitas na festa. A primeira usa tons pastelpas, não dança, fica naquela pose blasé-meets-hipster. A outra usa uma camiseta do Taxi Driver, tem uma tatuagem que foge dos padrões e é comunicativa.

Não vamos entrar nas definições de o que é mais atraente para cada um dos prezados leitores, apenas focar em um dos fatores mais importantes da propaganda, dos relacionamentos e da cultura pop: a atitude.

Há grandes chances de a bonita-tons-pastel ser genial, interessante, namoradinha do Brasil. Mas são ainda maiores as chances de você prestar muito mais atenção naquela que tem atitude. Você não consegue deixar de prestar atenção nela porque, apesar de ser igualmente bonita, ela se destaca.

O mesmo se aplica à música. Pode ser a crise mundial ou a escassez de recursos naturais, mas o fato é que atitude é algo cada vez menos presente nas bandas de hoje em dia.

E é por isso que devemos prestar atenção em Pony Pony Run Run e seu disco You Need Pony Pony Run Run. Ora, a banda tem atitude para batizar seu disco de estréia como “Você precisa de Pony Pony Run Run”. WTF? Claro que discos não são itens de primeira necessidade para 90% da população mundial mas, veja bem, é uma boa forma de chamar a atenção, assim como a garota da pista.