8bit Pipe: Atari na balada

Colunas, Fórmula Indie, Música By fev 16, 2010 18 Comments

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Já ficou claro que essa coluna trata de sons de uma maneira menos ortodoxa do que o “usual”, certo? Não é sobre o número de acordes ou arranjos mas sobre como elas chegam às pessoas. À mim, no caso. Porque, obviamente, cada pessoa recebe a música de uma forma diferente.

Semanalmente, venho aqui dizer porque tal banda chegou ao meu coraçãozinho quase-emo e, se você se interessar, ela pode chegar ao seu também. Para isso os links.

Claro que ajuda se você for compatível com meu LastFM (este é um ponto fundamental em qualquer relação, não é mesmo? Imagine namorar alguém cuja compatibilidade é muito baixa… Deus nos livre), aberto a novos sons e interessado no que rola neste universo distante das principais gravadoras.

Dito isto, falemos de 8bit Pipe, paixão platônica da semana.

Eles são de São Paulo, estão juntos desde 2007 e misturam indie e electro ao chamado 8bit, que é o som derivado de vídeo games oitentistas como Nintendo, Game Boy e Amiga, lembra?

É inevitável a comparação inicial com CSS e Copacabana Club mas basta ouvir com atenção para perceber que o sexteto é, de certa forma, primo mais jovem e calmo dos ótimos Does It Offend You, Yeah? e You Love Her Coz She’s Dead. Ao mesmo tempo não dá para deixar de citar a semelhança com a voz de Kathleen Hanna, do Le Tigre.

Suas músicas, quase todas em inglês, flertam com temas aparentemente distantes do 8bit como bolsas de valores, terrorismo, consumismo, formas de subir na vida, passar a noite na prisão, entre outros. Existem também as sacadas engraçadinhas para quem não sai das baladas, como, por exemplo, When you’re in the club and the girls are hot never let it drop, baby, never let it drop (#dica).

O álbum de estreia foi masterizado pelos londrinos do Exchange Mastering Studios (os mesmos responsáveis por dar aquela calibrada em discos de XX, Big Pink, Dizee Rascal, Calvin Harris e Empire of The Sun (só para citar alguns). Em resumo, são treze faixas que vão animar o esquenta, o campeonato de vídeo game e a balada, prometo.

Quer saber? Esse pessoal tem tudo para ser grande. Então, never let it drop 😉

Author

Sacerdote da Santa Igreja do Culto ao Nintendinho, Ryu se declara um rapaz casto e introvertido, no fundo desculpas para seus constantes fracassos com as mulheres. Adora surfar, mas não sabe nadar e sonha em conhecer uma praia. Ex-modelo, ex-feirante, ex-atriz, ex-torcedor do Mixto, Evel na verdade é um extraordinário colecionador da série telecurso 2º grau, sabe de cor e salteado todas as lições de química e marcenaria contemporânea. Amante da boa cozinha, não dispensa um churrasco de gato no boteco da Zuleide. Adora aventura e sempre que pode arrisca-se no truco indoor, desde que o ambiente seja refrigerado. "Onde há flor não há envido!"