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Os Desafios por um Sonho

Para aqueles que não são do universo OAB, Jovem Advogado são aqueles profissionais com no máximo 5 anos de aprovado na OAB, ou seja, são aqueles que estão começando a carreira.

E que carreira difícil de começar, sei que todo início é difícil, mas a carreira de advogado tem diversas adversidades que vão empurrando para fora da pista aquele que sonha viver da advocacia.

No início são 5 anos de faculdade com muitos estudos, livros, aprendizados e pistas abertas para diversas direções que a carreira proporciona, após formando vem a tão temida prova da OAB. Poucos são aqueles que conseguem aprovação já na primeira, em sua maioria precisa de cursinhos e anos de preparação para então aprovação.

Próximo passo? Pagar anuidade, sim você ainda não tem cliente mas precisa pagar a primeira anuidade, além disso o advogado recém-nascido precisa de toda sua identificação que são cartão de visita, pasta, logomarca, papel timbrado e por aí vai dependendo do poder aquisitivo ou do credito do cartão.

Isso se o jovem advogado for atender na sua casa, pois se não terá que alugar uma sala, comprar moveis, contratar uma secretária e por aí a fora.

Além disso precisa ter certificado digital, cadastrar em todos sites e sistemas de tribunais, roupas, gasolina para dirigir até os tribunais e delegacias

Para ajudar o advogado é proibido fazer propaganda e publicidade, então para adquirir clientes só na indicação de amigos e familiares.

E ainda tem aqueles que dizem é só uma olhadinha, só uma consulta, vai cobrar para dá uma olhada? Correndo sério risco de perder o dito amigo se a resposta for negativa.

Mas as dificuldades não param por uai, o jovem advogado anseia em começar a receber e claro, de acordo com a tabela da OAB, mas não é assim tão simples. Afinal um mercado tão saturado temos profissionais dos mais diversos tipos, são os famosos porta de cadeia, porta hospital e que se prostituem por valores irrisórios.

Mas então, porque não começar como advogado de empresas ou de escritórios? É aí que o jovem advogado se decepciona ao ver que as empresas pagam salários baixos para advogado (já vi empresa que cobrador com nível médio ganha mais que advogado, sem desmerecer a profissão) além é claro que precisa ter pós-graduação e experiência.

Como isso é possível? Ter experiência se nunca deixaram começar? Por essas razões e mais a estabilidade muitos jovens advogados esquecem o sonho do próprio escritório e focam em concursos públicos mesmo que não seja da tão sonhada área.

Lembramos ainda dos jovens advogados que já estavam empregados em outras funções e daí a dificuldade em mudar de ramo, arriscar tudo para tocar a carreira jurídica, tentar conciliar.

Como é difícil ser jovem advogado e persistir em busca de um sonho, mas vale a pena. Pois é muito prazeroso atender o cliente e conseguir ajuda-lo naquilo que precisa, como é bom quando o dito “concluso” sai de cena e vem a decisão do magistrado reconhecendo aquilo que se é pedido.

Por isso sigo no sonho de viver da advocacia, essa nobre profissão que presta um trabalho fundamental para sociedade em defesa da justiça e do direito.

Reclamar? Não, colocar a mão na massa e quem sabe ajudar a melhorar a situação para os jovens advogados. Quem sabe um dia teremos um incentivo para empresas e escritórios contratarem jovens advogados, uma facilidade maior na anuidade, mas o principal de tudo seria a união de todos advogados para que as prerrogativas e honorários sejam respeitados.

Isso só ajudará a classe a crescer e trabalhar com mais competência e qualidade.

Manter o carro no caminho certo da pista, direção do tão sonhado objetivo com fé, dedicação e empenho.

 

Guest post por João Rodrigo Ezequiel

Sziget Festival na Hungria, uma experiência única pra se viver antes de morrer.

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É segunda-feira na Hungria. E o sol castiga um monte de gente que se ajeita como pode entre barracas, mochilas e malas de todos os tamanhos. Uma bagunça, e aquilo poderia mesmo ser o inferno de todo começo de semana, se aquele mundo gente de todos os cantos da Europa não se entendesse para formar uma fila.

É só um pouquinho depois do meio dia, e fila segue adentro devagarinho. O calor continua de matar e tudo mundo se refresca como pode. Os cuecas tiram as camisetas e as minas ajeitam os peitos suados em biquínis e tomam banho de água mineral.

Ninguém reclama de nada. Todo mundo sorri a toa, feliz da vida quando sentem a ponte de acesso à ilha tremer sob seus pés, inundada de gente, e finalmente são bem-vindos em uma dezena de diferentes línguas a “Ilha da Liberdade”. A galera segue em frente, parecendo mesmo que esta só a alguns passos do paraíso.

Quase lá, uma última barreira. Alguns indivíduos fecham as caras preocupados, assustados com capatazes atrás de bebidas alcoólicas e outras substâncias não liberadas na Ilha. Há leis até no paraíso. Mas nada tão sério. E, dali em diante é cada um por si. Em questão de horas a ilha é tomada por barracas de todas as cores, tipos e tamanhos.

E o Sziget Festival começa assim, mais quente ou menos quente, todos os anos em agosto, em Óbuda, uma ilha no meio do Rio Danube em Budapeste, desde 1993. Quando o festival nasceu como uma versão húngara do Glastonbury no Reino Unido, cheio de folk music e arte regional para uma audiência que não lotaria nem o Palestra Itália.

Desde então, o festivalzinho só pra húngaro ver cresceu e hoje atrai mais de 350.000 visitantes de todo o continente com apresentações de gigantes da música como David Bowie, Radiohead, Prodigy e Blur. Hoje, o Sziget é sem igual e foi eleito, no ano de 2011, o melhor festival de música do continente.

Sem dúvida, o Sziget Festival é sim uma experiência única pra se viver antes de morrer.

Guest post do leitor Thiago Souza

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