Sziget Festival na Hungria, uma experiência única pra se viver antes de morrer.

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É segunda-feira na Hungria. E o sol castiga um monte de gente que se ajeita como pode entre barracas, mochilas e malas de todos os tamanhos. Uma bagunça, e aquilo poderia mesmo ser o inferno de todo começo de semana, se aquele mundo gente de todos os cantos da Europa não se entendesse para formar uma fila.

É só um pouquinho depois do meio dia, e fila segue adentro devagarinho. O calor continua de matar e tudo mundo se refresca como pode. Os cuecas tiram as camisetas e as minas ajeitam os peitos suados em biquínis e tomam banho de água mineral.

Ninguém reclama de nada. Todo mundo sorri a toa, feliz da vida quando sentem a ponte de acesso à ilha tremer sob seus pés, inundada de gente, e finalmente são bem-vindos em uma dezena de diferentes línguas a “Ilha da Liberdade”. A galera segue em frente, parecendo mesmo que esta só a alguns passos do paraíso.

Quase lá, uma última barreira. Alguns indivíduos fecham as caras preocupados, assustados com capatazes atrás de bebidas alcoólicas e outras substâncias não liberadas na Ilha. Há leis até no paraíso. Mas nada tão sério. E, dali em diante é cada um por si. Em questão de horas a ilha é tomada por barracas de todas as cores, tipos e tamanhos.

E o Sziget Festival começa assim, mais quente ou menos quente, todos os anos em agosto, em Óbuda, uma ilha no meio do Rio Danube em Budapeste, desde 1993. Quando o festival nasceu como uma versão húngara do Glastonbury no Reino Unido, cheio de folk music e arte regional para uma audiência que não lotaria nem o Palestra Itália.

Desde então, o festivalzinho só pra húngaro ver cresceu e hoje atrai mais de 350.000 visitantes de todo o continente com apresentações de gigantes da música como David Bowie, Radiohead, Prodigy e Blur. Hoje, o Sziget é sem igual e foi eleito, no ano de 2011, o melhor festival de música do continente.

Sem dúvida, o Sziget Festival é sim uma experiência única pra se viver antes de morrer.

Guest post do leitor Thiago Souza

O Artigo continua nas fotos:

Sacerdote da Santa Igreja do Culto ao Nintendinho, Ryu se declara um rapaz casto e introvertido, no fundo desculpas para seus constantes fracassos com as mulheres. Adora surfar, mas não sabe nadar e sonha em conhecer uma praia. Ex-modelo, ex-feirante, ex-atriz, ex-torcedor do Mixto, Evel na verdade é um extraordinário colecionador da série telecurso 2º grau, sabe de cor e salteado todas as lições de química e marcenaria contemporânea. Amante da boa cozinha, não dispensa um churrasco de gato no boteco da Zuleide. Adora aventura e sempre que pode arrisca-se no truco indoor, desde que o ambiente seja refrigerado. "Onde há flor não há envido!"