Letra e música

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Essa não é a minha praia, mas hoje vou dar uma de aprendiz de Márcia Leite em Hollywood. Não sou crítica de cinema e nem aspirante a uma, mas esse filme me deu uma grande vontade de escrever. Talvez tenha sido devido minha paixão pela Drew Barrymore (acompanho seu trabalho desde “ET – o extraterreste”) ou pelo grande estilo de Hugh Grant. E como meu namorado comentou no final do filme: “o Hugh Grant sempre faz papel de Hugh Grant”. Isso não é uma crítica, adoro Hugh Grant. É mesmo para explicar esse estilo. Em maiores proporções seria como dizer que David Bowie sempre é David Bowie.

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Letra e Música, por Bruna Calheiros.

O filme “Letra e música” não é “mais uma comédia romântica”. É sim uma comédia, com um leve toque de romantismo na medida certa. Assim como até “300 esparta” tem um toque de romantismo (só ainda não sei se na medida certa).

Drew Barrymore abusa do seu bom-humor como poucas atrizes conseguem. Mas o fato é que ela é engraçada. Naturalmente engraçada. Dessa maneira, consegue dar pequenos toques que facilmente tiram risos da platéia. Expressões faciais, gestos atrapalhados (como quando coloca café na xícara ou quando rega as plantas) e até mesmo a forma de sua personagem falar. E assim, nos pequenos detalhes de atuação da atriz e nas reações inesperadas do ator que o filme se torna divertido e cativante.

Mas não para por aí. Indiretamente o filme critica a cultura PoP! da década de 80 (época dos Menudos e Vanilla Ice). E bate na tecla das celebridades top da época, que foram esquecidos com o tempo e que vivem alimentadas da nostalgia, que deixaram de viver do presente (alguém citou Vanilla Ice?). Mas que fique bem claro que esta crítica não é apenas aos ídolos que foram esquecidos. “Letra e música” critica também a cultura pop da nossa época. As Cristinas Aguileras espalhadas pelo mundo que no filme são levadas a um extremo ridículo e engraçado. Mas não indo tão longe da realidade.

“Letra e música” é um filme com melodia e conteúdo. Doce e cativante. Com músicas que ao chegar em casa você vai correndo procurar, e passar a semana inteira ouvindo. PoP!

Enfim, poderia decorrer aqui muito mais, mas entraria em uma linha fina entre críticas e spoilers. Repito, não sou nem aspirante à critica de cinema. Só como uma adoradora da sétima arte, coloquei aqui minhas considerações sobre o filme. É um filme bom? É. É um filme bobinho? Também é. Água com açúcar na medida certa para boas risadas. Ah, e a Drew Barrymore está sensacional.

Aqui o famoso vídeo de PoP! Goes My Heart que já conta com mais de 1 milhão de views em um só vídeo.

Desde garoto sofre com as brincadeiras de seus professores que na hora da chamada insistem na piadinha “é o Júnior da Sandy?”. Otimista de plantão, acredita em duendes e no Brasil sem corrupção. Não ouviu o último do Caetano, mas achou uma merda. Leu todos os clássicos da literatura universal sempre com uma revista de sacanagem aberta no meio. Inventou a vassoura com MP3 player e câmera digital e pretende ficar rico com isso. Pretende fazer um mochilão a pão e água de Mossoró a Sinop no próximo ano. Nunca viu um disco voador e morre de medo de barata, “mas só daquelas grandes que voam”.