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Policial é condenada a 8 anos por violência e abuso de autoridade
5 de outubro de 2009

Tânia Ribeiro será enviada para o “presídio do futuro”

A policial Tânia Ribeiro (43) foi presa em flagrante na tarde de ontem após agredir gravemente o traficante Rogério Silva, o “Bodinho”, enquanto o interrogava no 4º DP da cidade do Rio de Janeiro. Rogério é conhecido por vender drogas diretamente a jovens e adolescentes, abordando-os em portas de boates e festas particulares. Tânia estava envolvida nas investigações do traficante há oito meses. Foi a primeira vez que policial e traficante ficaram frente a frente. Acometida por um acesso de raiva, a policial espancou Bodinho até deixá-lo desacordado.

As imagens foram captadas pelas câmeras de segurança do local e Tânia foi detida imediatamente pelo delegado Marcelo Maia, titular do 4º DP, acompanhado por dois investigadores. Segundo Marcelo, Tânia possuía antecedentes criminais e estava sendo investigada por traição e violação do código de ética. Acredita-se em vingança. “A filha de Tânia morreu de overdose e o grupo de Bodinho era seu principal fornecedor”, revela Maia. A adolescente Sofia Ribeiro, filha de Tânia, sofreu uma parada cardíaca após overdose de cocaína e faleceu em setembro de 2008, aos 18 anos. Segundo os parceiros de Tânia, desde então a policial passou a agir de maneira agressiva, obcecada por vingança. Bodinho jamais foi incriminado pela morte da adolescente.

Desde 2003, Tânia Ribeiro trabalhava na Delegacia especializada em repressão ao Narcotráfico, no bairro da Glória.“O feitiço virou contra o feiticeiro”, conta o policial Roberto Borges (38), que foi parceiro de Tânia há dois anos. “Ela era muito violenta. Agora é uma detenta de alta periculosidade. Acho correto levá-la para o presídio do futuro”, acrescenta. O Presídio de Segurança Máxima Ivo de Kermartin, chamado de “presídio do futuro”, está em funcionamento desde o dia 1º deste mês e é o mais moderno e seguro do país.

Nos interrogatórios, a ex-policial se diz não a culpada, mas sim a vítima da violência: “Quem já perdeu uma filha sabe pelo que estou passando. O que fiz não foi um crime. Foi justiça”, disse Tânia em seu último depoimento. A detenta preferiu dispensar advogado.

O último parceiro de Tânia, Caio Mendez (40), foi assassinado na praça Roosevelt este ano após investigar o envolvimento de Tânia em crimes ocorridos no início do ano, em que balas perdidas foram disparadas após perseguição policial e atingiram civis numa praça da cidade. Um menino de oito anos foi morto. Tânia também nega participação no incidente.

Tânia Ribeiro ingressou na Polícia Civil em 1989. Trabalhou na Delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente, no 2º Distrito Policial e na Delegacia especializada em repressão ao Narcotráfico do Estado. Há três anos trabalhava ao lado do policial Caio Mendez. Num julgamento de rapidez sem precedentes, sua sentença foi divulgada hoje: Tânia foi condenada a 8 anos de prisão por violência e abuso de autoridade, sem direito a recorrer.

Ana Lima, Jornalista.

Atenção: esse conteúdo é fictício e faz parte de um jogo do Castigo Final.