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Himalaia: o teto do mundo flagrado ao descoberto

A cordilheira do Himalaia, a mais alta cadeia de montanhas do planeta, flagrada da Estação Espacial Internacional pelo astronauta André Kuipers.

Desse distante ponto de observação, percebemos como a tênue camada daquilo que chamamos de atmosfera, ou todo o ar que respiramos, deixa exposta a cadeia de montanhas com centenas de picos com mais de sete quilômetros de altitude. Ainda há ar por lá, mas um ar tão ralo que não pode abrigar cidades humanas permanentes. Ninguém mora no teto do mundo, ele é apenas visitado. O topo do mundo está descoberto e desabitado.

Apreciar esse flagrante do teto do mundo pode se tornar mais profundo se lembrarmos que mesmo o ponto mais alto de todos, o ápice do Monte Everest, com seus 8.846 metros, representa menos de um milésimo do diâmetro do planeta. Pinte uma bola de bilhar com uma fina mão de tinta, e esta mão de tinta terá o dobro da altura do Everest — se a bola de bilhar fosse do tamanho da Terra.

O cobertor da pequena mistura de atmosfera presa à gravidade terrestre que mantém uma frágil e instável quantidade de umidade representa tudo aquilo que consideramos como o mundo em que vivemos. Uma mão de tinta em uma bola de bilhar tem o dobro da espessura desta fina camada de mundo.

Como um olho enxerga a si mesmo?

Veja diretamente os vasos sanguíneos dentro de seus olhos – sem nenhum perigo, apenas balançando os dedos na frente do rosto. E descubra de quebra nesta coluna “Dúvida Razoável” como isso só é possível porque eles foram resultado de um projeto não muito inteligente.

Esta não é uma pegadinha, e pode ser feita em dois minutos. Aprenda e veja dentro de seus olhos na continuação!

O Espaço em que Vivemos

Aumente o volume, expanda a tela e assista em alta definição. É uma concepção artística do espaço em que vivemos, criada por Matthias Müller.

O aspecto filamentar de algumas das estruturas, como se fossem novelos de algodão, reflete os superaglomerados de galáxias, as maiores estruturas no Universo conhecido. São estruturas tão imensas que mesmo galáxias inteiras, cada uma delas com centenas de bilhões de estrelas, formam tênues pontos.

Muybridge, Cavalos Voadores e Sonhos Technicolor

Cavalos voam? Talvez soe como uma pergunta infantil, e no entanto mesmo milênios após a domesticação dos equinos, tão tarde quanto no século 19 ainda se discutia se um cavalo a galope mantia sempre uma pata em contato com o chão, ou se conseguia, por breves momentos, sustentá-las todas no ar. As mais épicas batalhas, com tropas sem fim de cavalos, e os mais ágeis e treinados cavaleiros não bastaram, pois as patas de um cavalo a galope simplesmente se movem rápido demais para que qualquer olho humano pudesse enxergá-las com precisão.

Nem mesmo um gênio como Leonardo da Vinci sabia se cavalos voavam. Fascinado pelo animal, uma de suas mais fabulosas obras é uma pintura que se perdeu no tempo: A Batalha de Anghiari. Ela tinha como tema central a luta de quatro cavaleiros, e dela restaram apenas cópias parciais como a que você confere no topo. E ainda assim as cópias capturam uma composição incrível – nenhum cavalo estava a galope, é bem verdade, e ainda assim pode-se quase enxergar movimento na luta. E ainda assim, todos os cavalos mantiam pelo menos uma pata no chão. Não eram cavalos voadores. Da Vinci não sabia se cavalos podiam voar.

Há pouco mais de 100 anos um homem descobriu se cavalos voavam e inaugurou uma nova arte.

Reflexões sobre a Espiritualidade e a Ciência

O amigo Rafael Arrais conduziu desde o ano passado uma série de sete perguntas feitas a dois colunistas antípodas do S&H. O ocultista, Marcelo Del Debbio, e o cético que escreve aqui, Kentaro Mori. As perguntas foram respondidas sem que soubéssemos o que o outro havia respondido, e sem mesmo saber quais seriam as próximas. Ao final, as discordâncias, bem como as concordâncias nos pontos de vista da “Teoria da Conspiração” e da “Dúvida Razoável” podem surpreendê-lo:

» O que é Deus?
» Que é, afinal, a vida?
» Que é a fé?
» O que a ciência tem a ganhar com a espiritualidade?
» Os memes existem?
» Que é o efeito placebo?
» Sem Deus, tudo é permitido?

E devem valer ainda mais seus comentários — que devem ser feitos nas páginas de respostas nos Textos para Reflexão de Arrais. Que, por sua parte, também começou a publicar seus próprios comentários a respeito. E você, como responderia a cada uma dessas questões?

Viaje pela Escala do Universo

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Há vastos mundos em um grão de areia, e mundos ainda mais vastos do que alcançam nossos olhos no céu. Da espuma quântica nas menores escalas já definidas pela física de partículas, até o infinito além do Universo observável, espere a animação interativa carregar, clique em “Start” e arraste a barra inferior para navegar pela complexidade crescente explorada pelo conhecimento.

Você também pode clicar em cada item para ver mais explicações. Esta é uma segunda versão da animação, por enquanto apenas em inglês — a animação original também está disponível em português!

Embasbacar-se com a pluralidade de micro e macromundos ultrapassando aquilo que vivenciamos no cotidiano já é algo. Mas há algo ainda mais surpreendente em explorar as escalas do Universo.

Preste atenção e note que a escala humana, com aqueles objetos que estamos acostumados a ver e manipular no dia-a-dia, se situa aproximadamente na metade de todas as escalas conhecidas do Cosmos. Isto é, a física quântica define a menor escala da física elementar como o comprimento de Planck, ao redor de 10-35 metros. Já a cosmologia define a maior escala do Universo observável como um diâmetro em torno de 100 bilhões de anos-luz, ou 1027 metros. São ao redor de 60 Potências de Dez, e nós estamos aproximadamente em seu meio.

A ciência nos mostra que não estamos no centro do Universo, e que afinal, o Universo não possui um centro. E no entanto a mesma ciência nos mostra que estamos ao redor do centro das escalas de comprimento onde todos os fenômenos acontecem. [via APOD, Glashow’s Ourobouros]

Oceano Perpétuo: Van Gogh e Oceanografia

Nesta visualização das correntes na superfície do oceano por todo o planeta, ciência se confunde com arte.

A ciência é um dos mais recentes e sofisticados modelos computacionais desenvolvidos pela NASA/JPL, o ECCO2, sintetizando dados em em escala global coletados por uma miríade de meios in-situ ou via satélite.

A arte é a representação destes resultados imensamente complexos “para criar uma experiência simples e visceral” exibindo como as águas na superfície do oceano descrevem inúmeros caminhos e redemoinhos, em um estilo que lembra o pós-impressionismo da Noite Estrelada de Van Gogh.

[via GSFC Scientific Visualization Studio]

Beija-flor roncando

Por nenhum motivo em especial, um beija-flor roncando. Ou melhor, não bem roncando, mas emitindo um som em torpor durante um experimento — ele não foi machucado, e pelo próprio experimento, que mediu seu consumo de oxigênio, podemos saber que ele sequer ficou estressado.

Pode-se dizer, de certa forma, que estava roncando mesmo, e agora você faz uma ideia de como um beija-flor ronca!