« continuando da parte 1 (artigo sobre Chico Xavier)
Que nos sobra então após tantas suposições? Nada mais do que suposições. Se é verdade que alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias, se é verdade que “não é possível experimentar com espíritos conforme se faz com uma pilha voltaica” – conforme disse Kardec –, e finalmente, se é verdade que a existência do espírito ainda requer comprovação experimental, então da mesma forma os céticos tem de correr atrás de comprovações para suas alegações. Recorrer à opinião de sobrinhos alcoólatras (que depois se ratificou das acusações ao tio), de supostos ex-coordenadores das reuniões de Chico em Uberaba, de “pesquisadores” que tem a idéia fixa de provar que Chico era uma fraude – nada disso será suficiente. De nada adianta encarar um fenômeno com um pré-julgamento em mente (“Todo médium é um fraude!”; “Espiritismo é coisa do demônio!”; “Espíritos existem e Chico é um santo!”), não sobrará espaço algum para qualquer análise objetiva – apenas para sua opinião subjetiva, que em todo caso já estava definida a priori.