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Pedro Schmaus

Marlboro e Lucky Strike

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Olá pessoal!
 
A publicidade é má. Foi uma propaganda bem feita que convenceu a maioria do povo alemão a aceitar o assassinato de judeus. O mesmo foi feito com o cigarro, mas nesse caso quem morre é o próprio cliente. Há mais de cinqüenta anos já se sabe que ele faz mal à saúde, desde que a revista Seleções abordou o assunto pela primeira vez. Porém, os fatos nunca alteraram o hábito de fumar. Por isso eu acredito que a publicidade de cigarros é a propaganda em estado puro. Seu grau de persuasão é tal que ela consegue continuar vendendo um produto que mata seus consumidores. É uma influência comparada à política e a religião, não é verdade? Veja hoje aqui no DM como isso é possível.
 
Aproveite!
 
Eduardo Nicholas

 
MARLBORO e LUCKY STRIKE –  Cigarros. Inglaterra/EUA. 1847/1871.

 
marlboroA marca de cigarro dos cowboys machões começou sua história (acredite!) direcionada ao público feminino. Em meados do século XIX uma pequena fábrica inglesa passou a produzir cigarros para senhoras, mas o produto nunca fez sucesso. Batizada tendo como referência a rua da sede de sua indústria em Londres (Great Marlborough Street), a marca foi comprada mais tarde pela Philip Morris. A Morris já era uma empresa maior e levou a Marlboro para os Estados Unidos. Novamente tentaram vender a marca para mulheres, porém mais uma vez foi um fracasso.

O mistério do Sonrisal

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Olá pessoal!

Durante a última semana os leitores da coluna Dicionário das Marcas ajudaram a recuperar a memória de uma das marcas mais famosas do Brasil. Vocês bem lembram que eu tentei descobrir o significado do nome Sonrisal, mas a empresa dona da marca não tinha mais essa informação. De acordo com a GlaxoSmithKline Brasil, o nome é muito antigo e sua etimologia está perdida para sempre.

Por isso talvez nunca saberemos a explicação oficial sobre o significado do termo sonrisal. No entanto, o conceito proposto por alguns leitores parece ser o que mais se aproxima do que seria lógico para a criação do nome.

Veja você mesmo!

Eduardo Nicholas

SONRISAL – Chile. Antiácido. 1932.

O primeiro a mandar uma sugestão embasada foi o leitor Diego de Oliveira Martins. Ele descobriu que o responsável pela criação do Sonrisal foi um laboratório chamado Sidney Ross. Uma de suas sedes era no Chile, pois o Ross atuava em parte da América Latina como representante de um outro laboratório maior, o norte-americano Sterling Winthrop. A Ross lançou no mercado chileno um sal de frutas, produto que já era conhecido de todos, não era uma novidade. Por isso eles tiveram que criar uma estratégia de marketing que fizesse a diferença. O plano começou a funcionar já na escolha do nome da marca.

O que significa Sonrisal?

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Olá pessoal!
 
sonrisalSe você ler até o fim, talvez ganhe R$ 50,00. Explico. Interrompo a programação normal do Dicionário das Marcas para compartilhar com vocês um desafio. Há quinze dias comecei a pesquisar sobre a origem do nome da marca Sonrisal. Para minha surpresa, estou aqui quinze dias depois sem qualquer informação etimológica sobre uma das marcas mais conhecidas do Brasil.

Segui os passos de sempre e entrei em contato com a Glaxo Smith Kline, empresa proprietária da marca. Escrevi um e-mail dizendo exatamente assim:  gostaria de saber a origem do nome Sonrisal. De onde surgiu o termo? Quem o inventou? A resposta da GSK foi seca e direta: acusamos e agradecemos o envio de seu e-mail. Informamos que por se tratar de um produto antigo, não temos a informação sobre o referido assunto.
 
É claro, eu não me conformei com isso. Pesquisei em outras fontes, porém para minha total surpresa não encontrei absolutamente nada. Que diabos significa Sonrisal? De onde tiraram esse nome? Eu quero muito descobrir, caso contrário meu Dicionário das Marcas não estará completo. O que peço a vocês é que pesquisem também. Estou disposto a pagar R$ 50,00 do meu próprio bolso ao primeiro que me mandar informações confiáveis que expliquem a origem (etimologia) específica da palavra sonrisal. Não precisa ter tanta pressa, pois certamente vai ganhar quem encontrar a explicação mais coerente e com fonte mais confiável.

Usem o e-mail [email protected] para enviar as informações. O prazo para colaborar vai até domingo, dia 26 de julho, meio dia. Se alguém também quiser perguntar para a GSK, reclame no [email protected]. Quem sabe eles não descobrem a origem do nome se muita gente perguntar ao mesmo tempo? Espero sinceramente que alguém consiga, não quero ficar na curiosidade!

Um abraço!

Eduardo Nicholas

Omega Speedmaster, o legendário Moonwatch

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Olá pessoal!

Para celebrar os 40 anos da primeira visita dos seres humanos à Lua, no próximo dia 20 de julho, eu falo hoje da Omega, a marca do único relógio a ter sido usado por alguém em outro corpo celeste além da Terra. E antes que alguém me lembre que essa viagem foi na verdade uma “grande mentira”, eu peço que os desconfiados assistam o episódio dos Caçadores de Mitos no qual eles derrubam cada um dos “fatos” que baseiam a tal “teoria” mirabolante (veja aqui). UPDATE: saiu também um bom texto no G1 hoje criticando a mesma teoria mirabolante. Veja aqui.

Aproveitem!

Eduardo Nicholas

OMEGA – Suíça. Relógios. 1848.

omegaA Nasa precisava de um relógio para ser usado por seus astronautas durante suas missões no espaço. Os requisitos não eram poucos ou simples. O relógio deveria funcionar na gravidade zero e em meio a campos magnéticos fortes. Deveria agüentar pancadas, vibrações de todo tipo e temperaturas que poderiam variar de -18 a 93 graus Celsius.

Várias marcas apresentaram seus produtos, mas só uma passou em todos os testes. A história dela começa em 1848 quando o jovem empresário Louis Brandt abre uma pequena fábrica de relógios em sua cidade natal na Suíça. Comprando as peças de fornecedores e montando os produtos, Brandt construiu um negócio pequeno e local, mas que lhe deu condições de dar segurança financeira à família.

Em 1879 ele morre e seus dois filhos assumem a fábrica, porém com uma nova mentalidade. Louis-Paul e César sabiam tudo sobre a produção de relógios, pois passaram a vida inteira aprendendo com o pai. No entanto, eles não se sentiam satisfeitos com a qualidade das peças de seus fornecedores e decidiram começar a projetar cada uma delas. O controle total da produção lhes deu a oportunidade de criar relógios que mais tarde levariam o conceito de qualidade ao extremo.

Vick Vaporub e Motown

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Olá pessoal!

Posso dizer que as duas marcas de hoje estão bastante contextualizadas. A primeira é a Vick VapoRub, uma homenagem à gripe que me derrubou esse fim de semana (espero que não seja H1N1!). A outra é a da gravadora Motown, a qual descobriu e lançou a banda Jackson 5, aquela que tinha como principal vocalista o tal Michael Jackson, enterrado hoje depois de um funeral show.

Aproveitem!

Eduardo Nicholas

VICK VAPORUB – Estados Unidos. Ungüento. 1912.

vickNão é de hoje que a desgraça de uns torna-se a fortuna de outros. Veja o caso do farmacêutico Lunsford Richardson e de seu cunhado, o Doutor Joshua Vick. Em 1890 os dois começaram um negócio próprio, uma pequena fábrica de ungüentos que prometiam combater os sintomas de pneumonias e resfriados, em especial a congestão nasal. Nessa época o Dr. Vick já era bem conhecido no estado da Carolina do Norte em virtude de seu grande conhecimento médico.

Seu cunhado sabia disso e sua idéia era exatamente associar a fama do Dr. Vick aos produtos que seriam vendidos por sua marca. Assim surgiu o Vick’s Family Remedies, um empreendimento familiar dos mais modestos. No entanto, se Joshua era bom médico, Lunsford não ficava atrás como farmacêutico. Os primeiros produtos desenvolvidos por ele realmente eram eficazes, fato que cativou muitos consumidores da região.

A empresa era próspera, porém ainda não tinha fama. Isso começou a mudar em 1905 com a chegada de um novo produto, resultado dos anos de experiência na área. Ele se chamava Vick’s Magic Croup Save, usado para curar dores de garganta e obstrução nasal. Seu modo de usar era simples: o paciente poderia misturar com água quente e inalar o vapor ou simplesmente passar no peito.

Air France e Airbus

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Olá pessoal!

Hoje duas marcas que apareceram bastante na mídia na última semana: Air France e Airbus. Pena que apareceram por um motivo trágico.

Gostaria também de saber se vocês podem dar uma olhada nas minhas tirinhas humorísticas, o Misantropos. É legal, eu juro!

Um abraço!

Eduardo Nicholas

AIR FRANCE – França. Companhia aérea. 1933.

afVocê deve associar os aviões ao transporte de pessoas, mas no início essas máquinas voadoras foram mais usadas mesmo para o transporte de carga. Os correios logo passaram a aproveitar todo o potencial da invenção, formando uma grande rede de entregas agora bem mais rápidas.

Na França não foi diferente. Em 1933 quatro das maiores empresas de transporte do país se uniram, juntamente com o serviço aéreo de correios, para criar a Air France (Ar França, esse air não é inglês, é francês mesmo). Inicialmente transportando carga, não demorou para que a companhia incluísse também o transporte de passageiros.

Mesmo durante a II Guerra Mundial a empresa continuou funcionando, baseada em Casablanca, no Marrocos. Terminado o conflito, em 1945 o governo estatizou toda a aviação civil do país, tornando a Air France umas das poucas companhias aéreas da França.

Google, a centésima marca do DM

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Olá pessoal!

Chegamos hoje à centésima marca publicada no Dicionário das Marcas desde seu reinício como coluna do excelente blog Sedentário e Hiperativo.

Para marcar a ocasião eu tenho duas surpresas: a primeira é que falarei hoje somente do Google, marca que considero como a mais influente da atualidade. A segunda é um arquivo com a compilação das definições dos nomes de todas as marcas publicada até agora!

Você pode fazer o download desse arquivo clicando aqui.

Sobre o Google, aprecie a história deles no post que se inicia logo abaixo.

Obrigado!

Eduardo Nicholas

GOOGLE – Estados Unidos. Internet. 1998.

googlelogoVocê saberia dizer o valor de um número 1 seguido por cem zeros? Não? Então eu explico. A história desse número começou em 1938 quando os matemáticos Edward Kasner e James Newman escreviam um livro chamado Matemática e Imaginação. Lá pelo meio da obra eles se depararam com um numeral enorme, composto pelo número 1 e seguido por cem zeros. Para continuar escrevendo eles tinham duas opções: ou chamavam a coisa de “dez elevado à centésima potência” ou inventavam um termo para se referirem ao número.

Como a segunda opção tornaria o texto mais compreensível, os dois passaram a procurar uma nova palavra. Mas, sabe como é, os matemáticos não são bons com as palavras e a tarefa foi se tornando muito complicada. Então no melhor estilo “ah, qualquer nome serve” eles chamaram o garotinho Milton Sirotta, sobrinho de Kasner, então com oito anos. Pediram ao moleque que ele dissesse um nome, um nome qualquer. Ele então soltou um grunhido que soou parecido com o termo googol. A palavra acabou indo para o livro e virou moda no meio matemático.

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